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Diário do gatinho bebê - Capítulo II

  • Foto do escritor: Lu Fernandes
    Lu Fernandes
  • 17 de mai. de 2016
  • 5 min de leitura

Olá! Depois de tanto tempo sem atualizar (de novo), segue post que já estava pronto, dando continuidade aos cuidados que tive com o gatinho órfão. Espero que ajude alguém na mesma situação!

Assaduras

Quando o bebê chegou, estava com diarréia, porque tomava leite em pó Nestogeno, e mesmo diluindo em bastante água, ele não tolerava bem. Logo troquei a alimentação como vocês podem acompanhar nesse post aqui: Alimentação do Gatinho Bebê. A diarréia demorou mais que 24 horas pra assentar, e foi aos poucos. Toda vez que ele se sujava, eu com medo de dar banho, passava lenço umedecido. Foi um grande erro. Apesar do lenço que usei não ter álcool, outros componentes podem ter dado alergia. Eis que o coitado ficou todo assado, subiu para as pernas, barriga. Todo vermelhinho. Tinha bepantol em casa, comecei a passar, só que não estava vendo melhora, fora que ficava todo grudento e ele estava começando a aprender se lamber, então suspendi depois de uns dois dias. Comecei a ferver chás de camomila, hortelã ou chá verde, esperava ficar morno ou misturava na água filtrada fria, até ficar uma temperatura agradável. Pelo menos uma vez ao dia fazia um banho de assento só na região afetada, e tirava os restos de pomada com um pouco de sabonete neutro. Tinha que enrolar ele na toalha pra ajudar a secar, depois quando tava já quase sequinho deixava ele caminhar um pouco pela cama ou pelo tapete (tenho um tapete peludo no quarto) e fechava tudo, deixava quentinho (pra mim era um inferno de quente, mas pra ele não). Quando já tava seco, passava de leve amido de milho no bumbum, como se fosse talco, pra manter sempre seco. Uns dias depois começaram a se formar casquinhas grossas e cairem, não sei bem se foi cicatrização da assadura ou foi um tal de fungo que conforme li na internet, é bastante comum nos gatos recém nascidos. Mas como a indicação era apenas higienizar com água morna e manter seco, não procurei o veterinário e passei a observar. Em poucos dias caiu tudo e sarou.

Pulgas

Logo que ele chegou, já tinha percebido uns pontinhos pretos na nuca dele, porque ele é branco e é fácil de ver. No dia seguinte que peguei ele pra limpar o bumbum já vi uma pulga adulta correndo pelo corpinho. Meu namorado falou com um amigo veterinário que disse ser perigoso qualquer tipo de remédio anti pulgas nessa idade. Fui arrancar na raça então, peguei uma escova de dentes infantil bem macia (essa eu tinha comprado pra escovar o queixo do meu gato adulto, que tinha acne, mas agora não tem mais), fervi água, misturei com vinagre e esfriei um pouco. Escovei todo o corpinho com a escova, o gatinho ficou azedo, porém sumiram todos os ovos. O mais difícil foi tirar a pulga adulta, depois de uma meia hora correndo atrás dela e sem unha (tinha cortado todas) conseguir pegar e matar. Avistei outra, mas logo perdi, só fui conseguir tirar no outro dia, quando ela já havia botado mais ovos e tive que repetir o processo da escovinha com vinagre. Desde então nunca mais houve pulgas.

Interação com outros animais da casa

Eu tenho dois gatos crescidos já, um macho (Chano) de 12 meses e uma fêmea (Joaninha) de 11. Ambos são castrados. Gatos podem se acostumar um ao outro rapidamente ou nunca irem com a cara. Às vezes apenas se toleram. Mas não é difícil integrar um novo gato, ainda mais quando se é castrado (quando há um macho não castrado, ele tende a não aceitar e disputar o território mais do que os castrados). E eu conheço os meus gatos, né, eles são muito bonzinhos, aceitam banho, aceitam remédio, aceitam beijos e abraços sem me morderem hahaha. O Chano foi filho único por cerca de 3 meses. Quando a Joaninha chegou, ele rosnava que nem cachorro, dava medo. Ele rosnava até pra mim, porque estava magoado. Joaninha dormiu apenas um dia com a gente no quarto fechado, depois já perdi a paciência (dormir com gato mordendo seu pé, pisando na sua cara é foda), botei ela junto com o outro e deixei nas mãos do universo. Em dois dias estavam comendo lado a lado, brincando, e hoje não se separam mais. Não usei nenhum desses truques que se fala na internet. Já o Cookie (o bebê) quando chegou, era rosnada, fuzz, pra todo lado. Preferi cuidar dele no meu quarto de porta fechada, só que mais porque ele era muito pequeno e frágil. Na primeira semana sempre que trocava os panos da caixinha, levava pra sala para os outros cheirarem. Ficavam meia hora cheirando. Passadas essas semanas que ele tava mais fraco, comecei a deixar os gatos entrarem no quarto enquanto eu alimentava, colocava no banheiro, etc. O Chano ficava olhando o Cookie aprendendo a usar a caixa de areia. Na terceira semana ele tava tão forte e esperto, que aprendeu a escalar a caixa e as vezes encontrava ele vagando no chão do quarto. Depois de alimentar, comecei com o hábito de soltar ele no tapete peludo do outro quarto e deixar a porta aberta para que os outros se aproximassem. Não rosnaram mais, ficavam observando de longe. O Chano foi o primeiro a procurar por ele, dava umas patadas que eu sei que eram de brincadeira porque ele deitava de barriga pra cima e recebia patadinhas do pequeno também. Já estavam amigos. Já a Joaninha não chegava nem perto, ele ia atrás dela, ela se retirava do cômodo. Toda a aproximação foi feita sob supervisão até eu verificar que o bebê estava mais esperto. Quando eu ia pra faculdade ou saía, deixava ele em quarto separado, até para poder manter ele aquecido e tranquilo.

Conhecendo a ração

Lá pelo dia 10 de Fevereiro, o gatinho passou a acordar pedindo leite de uma em uma hora. Começou às 4 da manhã, só parou meio dia. É, eu nem dormi. Fiquei assim três dias, quase entrando em desespero, porque afinal na próxima segunda começariam minhas aulas na parte da manhã e não ia ter ninguém em casa pra alimentar o draguinha. Pensei comigo, ele já tinha os dentes nascidos desde o dia 1, já tinha tentando dar ração e nada. Mas já que o leite parecia não estar sustentando mais (eram 5 seringas de 4ml a cada hora), talvez fosse um sinal de que por bem ou por mal ele teria que aprender a comer a bendita ração. Só que quando pensei isso já era sexta-feira, ou seja, tinha somente o final de semana pra fazer ele comer ração e sozinho, ou eu ia te que ir pra aula e deixar ele chorando (aquele choro escandaloso) até chegar um dia em casa e o vizinho ter chamado alguma proteção animal. Pois bem. Fiz assim: Deixei a ração de molho na água (prefira aquecer a água para amolecer rápido), só que mesmo ele tendo dentes não sabia mastigar, então pense numa lambança que eu fazia quando amassava com os dedos e colocava na boca do gatinho uma a uma. Ele tentava mamar e caía tudo! Tinha que colocar uma toalha embaixo. Fiz isso durante umas duas semanas, até que ele aprendeu a pegar sozinho e pra comer a ração seca, foi rapidinho.

Nos dias de hoje

Então, quando eu escrevi este post, o gatinho tinha 30 dias mais ou menos, como tive uma tremenda falta de tempo pra postar, acumulei novidades: ele na verdade é ELA, uma menina, já tem 3 meses, é siamesinha (ou pelo menos 90% siamesa) e de lar temporário virou lar definitivo, pois meu namorado se apaixonou por ela! Ela é danada, sobe em tudo, corre o dia todo como louca, morde a gente, morde os outros gatos, uma pequena terrorista haha mas é uma gracinha ronronante, amassa pãozinho e dorme no colo da gente. Demos o nome de COOKIE (com gotas de chocolate). Hoje eu olho pra trás e vejo que todo esforço valeu a pena! Mais uma vidinha que com amor e dedicação, está aí, muito saudável e feliz!


 
 
 

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Sobre mim

Lu Fernandes, 27, estudante de Design Gráfico, mora em Recife, cosplayer, doceira nas horas vagas, amante dos animais, viciada em tratamento capilar e totalmente de miçangas.

Blog dedicado a ajudar no cotidiano de forma criativa, gastando pouco, seguindo a filosofia do "faça você mesmo".

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